quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Teoria Gatekeeper



 

Gatekeeping é um conceito jornalístico para edição. Gatekeeper é aquele que define o que será noticiado de acordo como valor-notícia, linha editorial e outros critérios, fazendo com que as pessoas acreditem no que esses jornalistas dizem.

Gatekeeper também pode ser entendido como o "porteiro" da redação. É aquela pessoa que é responsável pela filtragem da notícia, ou seja, ela vai definir, de acordo com critérios editoriais, o que vai ser veiculado. Com a efervescência, e até um certo modismo da prática do jornalismo colaborativo, a função do gatekeeper tem sofrido alterações.

A audiência cada vez menos passiva e mais participativa deixa a figura do mesmo, menos centralizada, mas sem perder a importância na estrutura da construção da notícia.



Fonte: WOLF, Mauro. Teorias da Comunicação. Lisboa: Editorial Presença, 1995.

Teoria do Agendamento

A Teoria do Agendamento ou Agenda-setting é uma teoria que determina a pauta para a opinião pública ao destacar determinados temas e desprezar, ofuscar ou ignorar outros tantos. A teoria explica a correspondência entre a intensidade de cobertura de um fato pela mídia e a relevância desse fato para o público. 

Ao estudarem a forma como os veículos de comunicação cobriam campanhas políticas e eleitorais, teóricos constataram que o principal efeito da imprensa é pautar os assuntos da esfera pública, dizendo às pessoas não "como pensar", mas "em que pensar". Geralmente se referem ao agendamento como uma função da mídia e não como teoria.


A tese de que as pessoas não respondiam diretamente aos fatos do mundo real, foi composta pelo pensamento de que elas viviam em um pseudo-ambiente composto pelas "imagens em nossas cabeças". A mídia teria papel importante no fornecimento e geração destas imagens e na configuração deste pseudo-ambiente.






Fonte: WOLF, Mauro. Teorias da Comunicação. Lisboa: Editorial Presença, 1995.

Teoria dos Efeitos Limitados


       A teoria dos Efeitos Limitados, também conhecida por “Two – Steps”, enfatiza o papel dos formadores de opinião comunitários como construtores da opinião pública. Ela mostra que a influência dos meios de comunicação é seletiva, dependente de opiniões preexistentes e das relações interpessoais do receptor.

As reações diante das mídias variam de indivíduo para indivíduo e a ideia de que a sociedade é representada por uma grande massa homogênea, antes defendida na teoria hipodérmica, já não existe mais. Um dos fatores das várias reações da sociedade é a influência dos líderes de opinião, que fazem uma intermediação que “ajudará” as pessoas obterem uma escolha. Exemplos disso são os líderes de religião, artistas, familiares,amigos...

Contudo, esses intermediadores são os filtros da informação, é ele que lhe dá as informações de seu próprio interesse, influenciando todo seu meio. 



Fonte: WOLF, Mauro. Teorias da Comunicação. Lisboa: Editorial Presença, 1995.


Espiral do Silêncio

 A Espiral do Silêncio é uma das teorias que determinam os comportamentos das pessoas. A sua ideia central situa-se na possibilidade de que os agentes sociais possam ser isolados de seus grupos de convívio caso expressem publicamente opiniões diferentes daquelas que o grupo considere como opiniões dominantes. Diante disso, o individuo se encontra numa posição frágil perante a massa media e a opinião pública, tendendo assim a representar a opinião do seu estrato ou ambiente social.

Quando os meios de comunicação, diante de um escândalo, impõem uma imagem desfavorável de seu protagonista, essa opinião será dominante no universo social que eles atingem. Apesar de haver vozes minoritárias discordantes, haverá uma tendência de que elas se calem. Quanto mais minoritária a opinião dentro de um universo social, maior será a tendência de que ela não seja manifestada.
 
A teoria gera uma onda em que no final todas as pessoas não estarão falando mais sobre o assunto. Exemplo disso é o racismo. Todos sabem que ainda há preconceito racial, porém ninguém fala, conversa sobre por medo do constrangimento social.
 
Concluindo que as pessoas, em geral, têm uma tendência de acompanhar a opinião da maioria, por medo de isolamento, pelo fato da sociedade exigir uma certa conformidade com o tema em discussão.

                                   


Fonte: WOLF, Mauro. Teorias da Comunicação. Lisboa: Editorial Presença, 1995.